A genética tem se tornado um dos pilares mais importantes da evolução do agronegócio moderno, tal como elucida Aldo Vendramin, empresário e fundador, os avanços científicos no melhoramento genético estão transformando tanto a pecuária quanto a criação de cavalos de elite. Atualmente, o que antes dependia apenas de observação e cruzamentos tradicionais é guiado por dados, biotecnologia e programas de seleção altamente precisos. Essa revolução silenciosa vem redefinindo produtividade, qualidade e competitividade dentro e fora do país.
Descubra a importância das tecnologias que envolvem a genética aplicada ao campo e ao negócios.
O papel da genética na eficiência produtiva
O melhoramento genético consiste em selecionar e multiplicar indivíduos com características superiores, como fertilidade, ganho de peso, rusticidade e desempenho reprodutivo. Segundo o senhor Aldo Vendramin, o objetivo é potencializar a eficiência do rebanho, reduzindo custos e aumentando a rentabilidade por hectare.
Na bovinocultura de corte, por exemplo, a genética influencia diretamente a conversão alimentar e o tempo de abate, impactando a sustentabilidade e o lucro final. Já na pecuária leiteira, as inovações permitem maior produção com menor volume de insumos, equilibrando produtividade e bem-estar animal.
Essa evolução também se estende às raças equinas. O aprimoramento genético dos cavalos Crioulos, por exemplo, tem elevado o padrão funcional e morfológico da espécie, fortalecendo sua presença em competições e expandindo o mercado internacional de genética equina brasileira, menciona o empresário.

Biotecnologia aplicada ao campo
A biotecnologia é o motor que impulsiona o novo patamar do melhoramento genético, e como expõe Aldo Vendramin, técnicas como inseminação artificial, transferência de embriões e fertilização in vitro (FIV) estão democratizando o acesso à genética superior. Essas ferramentas permitem multiplicar as melhores matrizes e reprodutores de forma rápida e controlada, acelerando a evolução dos plantéis.
Além disso, o uso de marcadores genômicos, que identificam genes ligados a características desejáveis, possibilita selecionar animais de alto potencial logo nos primeiros meses de vida. A análise genômica reduz o tempo entre gerações e garante maior precisão na escolha dos cruzamentos, otimizando o investimento do produtor.
E na criação de cavalos, a aplicação dessas tecnologias vem garantindo linhagens mais fortes, resistentes e equilibradas. Isso fortalece o desempenho em provas, melhora a rusticidade e contribui para preservar a pureza genética de raças tradicionais.
Genética, sustentabilidade e bem-estar animal
O avanço genético também está diretamente relacionado à sustentabilidade, animais geneticamente superiores produzem mais e consomem menos recursos, reduzindo a pressão sobre o meio ambiente, conduzindo a um menor tempo de engorda, menor emissão de metano e melhor conversão alimentar são exemplos de como a genética contribui para uma pecuária mais verde e eficiente.
Outro fator essencial é o bem-estar animal. A seleção de indivíduos mais adaptados às condições climáticas locais e resistentes a doenças diminui o uso de medicamentos e o estresse durante o manejo. Essa integração entre genética e sustentabilidade reflete o novo conceito de produção responsável, no qual ciência e ética caminham juntas, como destaca o senhor Aldo Vendramin.
Inovação e dados: O futuro do melhoramento genético
A transformação digital chegou também ao campo da genética, visto que é utilizado softwares e bancos de dados permitindo cruzar informações de performance, origem e resultados de linhagens com extrema precisão. De acordo com Aldo Vendramin, a análise de dados genéticos e fenotípicos permite prever com alto grau de confiança quais combinações geraram os melhores resultados. O produtor moderno se torna um gestor de informação, utilizando ferramentas de inteligência artificial para tomar decisões baseadas em evidências.
Empresas e associações de criadores têm investido em programas de registro e rastreabilidade, criando ecossistemas de informação genética que fortalecem toda a cadeia produtiva. O resultado é um avanço coletivo, em que cada propriedade contribui para o aprimoramento técnico do setor.
O Brasil como referência genética no agronegócio
O Brasil já é reconhecido como um dos principais exportadores de genética animal do mundo. Programas de melhoramento desenvolvidos por universidades, institutos e criadores, como os voltados às raças Nelore, Angus, Brangus e Crioulo, colocam o país em posição de destaque no mercado internacional. E como considera o empresário Aldo Vendramin, o sucesso brasileiro vem da combinação entre pesquisa científica, tradição de criação e inovação tecnológica aplicada no campo.
A exportação de sêmen, embriões e animais vivos movimenta milhões de dólares anualmente, reforçando a imagem do Brasil como potência genética e produtiva. Essa expansão também impulsiona eventos, leilões e intercâmbios técnicos, fortalecendo o setor e ampliando oportunidades para criadores e investidores.
A ciência e tradição unidas pelo futuro
O melhoramento genético é a ponte entre o conhecimento científico e a tradição rural, e como resume o senhor Aldo Vendramin, o sucesso da pecuária e da equinocultura moderna depende da capacidade de inovar sem romper com as raízes. A genética é o instrumento que permite ao produtor alcançar eficiência, sustentabilidade e excelência de forma contínua.
Com base em dados, pesquisa e respeito à natureza, o campo brasileiro prova que é possível produzir mais, melhor e com responsabilidade. O futuro do agro está no DNA da inovação, e cada avanço genético é um passo rumo a uma pecuária mais inteligente, ética e competitiva.
Autor: Mikhail Dimitri