A gastronomia de fronteira em Corumbá tem ganhado protagonismo no Festival América do Sul e se consolidado como uma das grandes atrações turísticas da região. Mais do que apenas pratos típicos, o evento valoriza os sabores que nasceram do encontro entre culturas brasileiras, bolivianas e paraguaias. A diversidade culinária se apresenta como uma verdadeira ponte cultural, conectando histórias, tradições e memórias afetivas que moldaram a identidade do Mato Grosso do Sul.

No coração do festival, a gastronomia de fronteira em Corumbá assume papel central, conquistando turistas com pratos que carregam heranças dos países vizinhos. Receitas como a saltenha, o majadito, a chipa e a sopa paraguaia encantam pelo sabor e pela história de quem as trouxe até ali. Pessoas como Délia Duran Ribeiro, imigrante boliviana que vive em Corumbá há mais de três décadas, mantêm vivas tradições que atravessaram fronteiras junto com ela e hoje fazem parte do cotidiano sul-mato-grossense.

A gastronomia de fronteira em Corumbá se expressa também pela criatividade e pela adaptação dos ingredientes locais. A presença marcante do peixe nos cardápios, especialmente do pintado ao urucum, destaca a riqueza dos rios da região. Este prato, originado em Corumbá, é um símbolo da união entre os elementos naturais do Pantanal e o saber culinário passado de geração em geração, tornando-se uma referência no turismo gastronômico regional.

Outro destaque da gastronomia de fronteira em Corumbá é a valorização de produtos nativos e sustentáveis, como a carne de jacaré, que vem ganhando espaço na alta gastronomia. Produzida de forma legal e controlada, a carne de jacaré representa uma alternativa exótica e saborosa que desperta a curiosidade dos visitantes e impulsiona a economia local com responsabilidade ambiental. Essa abordagem mostra que é possível aliar sabor, inovação e sustentabilidade.

A diversidade de pratos presentes no festival confirma que a gastronomia de fronteira em Corumbá é mais do que culinária: é identidade. Pratos como o Pique a lo Macho, mistura de carne, batata frita e queijo típico da Bolívia, caíram no gosto dos moradores e visitantes. Já o tradicional bolo de arroz, típico da região antes mesmo da separação dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, reforça o quanto essas receitas fazem parte da construção da cultura local.

Além de saborear as delícias da gastronomia de fronteira em Corumbá, os visitantes do Festival América do Sul se envolvem com histórias emocionantes e se conectam com a essência de um povo acolhedor. Muitos turistas, como Maria Fernanda Souza, de São Paulo, relatam que a culinária surpreende não apenas pelo sabor, mas pela emoção presente em cada preparo. É uma experiência completa, que vai além do paladar e toca o coração.

A gastronomia de fronteira em Corumbá também fortalece o turismo e a economia da região, criando oportunidades para pequenos produtores, cozinheiros e comerciantes. O festival se torna vitrine para esses talentos, abrindo portas para novos empreendimentos e incentivando a valorização do que é feito com raízes culturais profundas. O reconhecimento dessa culinária típica reafirma sua importância no cenário turístico e cultural brasileiro.

Corumbá, com sua localização estratégica e sua rica história, tem na gastronomia de fronteira um de seus maiores trunfos. A cada edição do Festival América do Sul, essa cidade pantaneira reforça sua vocação como espaço de integração cultural. A gastronomia de fronteira em Corumbá segue ganhando força e consolidando seu papel como um dos grandes atrativos da região, capaz de encantar, emocionar e transformar a experiência de quem passa por lá.

Autor: Mikhail Dimitri

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